Às vezes que são de flores os versos
entre outras que são de estrelas
mas, nunca há o final, estígie derradeira
burilada no inferno pessoal.
Às vezes que são pássaros versificados
entre nuvens e verbos alados
mas, o voo não é predestinado
mas, o destino é um vate violento.
Quantas e quantas vezes o sol é a poesia
carcomendo as lavras alucinantes
de um plantador de palavras inóspitas
e a semeadura é sempre em frente, sem final.
Quantas e quantas vezes são versos-feitiços
conclamados em sabás encantados;
invocando os fantasmas de todos os pecados
e resignando-se na estrela vespertina.
E há as vezes que o verso é verbo concatenado,
conjugando o momento e o devaneio
entremeio a essa lucidez insana, mas real
que vislumbra a eterna luta entre o bem e o mal.
E há as vezes que é somente a sublimação
e há temperança nos beijos cálidos de amor;
diante do espelho várias faces se confundem
mas àquela que é do poeta se sobressai.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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