Me escondo as frestas da solidão
e já não me vejo pelos espelhos
é só um vazio titubeante
que incomoda meus devaneios
livres;
e já não sou mais outra sensatez
apenas um brilho já apagado
no fim da noite
e no peito remoem as dores
então eu corro louco pelo nada
sou um cachorro louco à madrugada
e do destino a flor à meia-luz
entregue;
me escondo as frestas da solidão
e já não sou da lua o mais sincero
somente um grito desse desespero
mas do que resta eu não mais espero.
Me escondo do espelho e adormeço só
já não vale a pena tanto sofrimento
somente vale o verso dessa estupidez.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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