Tantas promessas desfeitas
e os passos são retroativos
na lida do homem partido
perdido entre suas querências.
Tantos os sonhos adormecidos
e a mente nula estagnada
parada e sentada na estrada
da vida diante dos olhos.
São tantos os versos contínuos
que choram, que riem, que vivem
na ponta de uma caneta,
nas vozes da minha cabeça;
e nas folhas papéis pergaminhos
antigos pincéis em papiros
gravando o poeta na história
em ares e em luz merencória.
Tantos os amores perdidos,
vividos por singular instante
em livros guardados na estante
que agora já é empoeirada;
e o surto vem de madrugada
e assusta pela inspiração,
soluços d’algum coração
que solitário em estrela devora
e a última estrofe degola
a esperança que um dia partiu
deixando apenas memória
de um beijo em um dia frio.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário