O vento; e sonhos disformes
que aniquilam todas as sentenças
e o que restam são jardins
repletos de novas assimilações.
O fogo; e feitiços sombrios
que aniquilam todos os medos
e o que restam são desejos
que movem os passos do amanhã.
A água; e obstáculos circundados
pela destreza de sua natureza
e o que restam são bifurcações
que confundem a nova direção.
A terra; e castelos raros de areia
construídos nos topos do mundo
e o que restam são masmorras
que aprisionam espíritos covardes.
O éter; e são alquimistas e transmutações
refinando o petróleo das veias
e o que restam são carcaças inertes
que foram deixadas pelas almas em ascensão.
A poesia; e o poeta tão solitário
mergulhado em sua nostalgia
aguardando um novo dia,
aguardando a nova estação chegar.
E depois do amanhecer serão todas as novas primaveras...
Jonas
R. Sanches
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