Plenos tempos vividos dispersos
recordados entre o beijo e a poesia
retratados translúcidos em versos
que trafegam entre a noite e o dia.
Plenos ventos ventados sozinhos
pelas frestas do tempo e do espaço
carregando olores doces de vinhos
que derramou-se dos olhos de Baco.
Plenos vales cobertos de flores
tão exóticas que afagam memórias
e disfarçam nos caules suas dores
que se fazem reais mais que as glórias.
Plenitudes versadas e aladas
revivendo sorrisos melindrosos
ou os choros pelas madrugadas
já passadas por louros trevosos.
Plenos versos vividos dispersos
reluzindo em vitrais de poesias
deduzidas por seres incertos;
tão incertos que ao certo é mestria.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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