São noites às vezes sombrias
onde o coração titubeia
e a solidão se faz presente
deixando meu sentir em frangalhos.
E os minutos parecem séculos
relógios que marcam meus passos
e contam cada ofegante respirar
deixando meus olhos distantes.
São noites tão frias e vazias
que nem sei se estou vivo
parece que o corpo adormece
e a consciência vaga a esmo.
Minhas querências frágeis
me consomem sem misericórdia
enquanto eu desbravo sonhos
e ultrapasso as barreiras do real.
E as noites continuam escuras
enquanto me reviro entre os lençóis
e me remoo em carências
nesse peregrinar constante.
Queria poder gritar entre os ecos
e estremecer todas as fundações
que sustentam o pálido mundo
e determinam o incerto amanhecer.
Mas o destino é regido pelas escolhas
e as vezes falhamos nas decisões
mas o arrependimento inexiste
e o verdadeiro prevalece intacto.
E nas lacunas noturnas vejo o sol
revigorando minha teimosia
e resplandecendo a esperança
que alimenta meu caminhar ininterrupto.
E é somente o amor que me doa forças
e me mantém focado na
jornada...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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