Olho a lua,
uivando paradoxos
calando constelações
que não se encontram
o Caçador e o Escorpião.
Olho a lua,
e a luneta companheira
e as montanhas vivas
e uma velha estrela
em buraco-negro devorador.
Olho a lua,
mirando a rua
via ampla e láctea
dançando universos
esperando a próxima colisão.
Olho a lua,
e vejo a alma
minh’alma fundida
aos átomos e luzes
estraçalhando cometas.
Olho a lua,
e vejo a poesia
e vejo sonhos
vejo supernovas
em bailados cósmicos.
Olho a lua,
e é recíproco
é encanto e silêncio
e as nuvens escondem a timidez
dessa donzela merencória e prateada.
Olho a lua,
e a noite padece
e o dia renasce
e as flores desabrocham
e meus olhos adormecem.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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