A poesia jorrada do vórtice alienígena
petrificada pelo olhar sinistro do basilisco
que encantou o poeta e as florestas dos sibilos
e bebeu todos os odres de vinho sagrado do rei.
Versos cegos como a justiça terrena
que faz da caneta seu emblema
e, entre todos os brasões... Os signos do sol
flamejantes entre os velhos monges entorpecidos.
É mais um grito abafado por entre as frestas,
por entre os portais incógnitos da consciência
que separam as dimensões dos meus
sentidos,
todos afiados e eloquentes na aurora das galáxias.
É a poesia que gira e pleiteia meus direitos de nascença
espalhados no leito pelo suntuoso e flébil vento
que varre as tristezas e leva meus secretos sussurros
até os ouvidos de lápis-lazúli do pássaro hercúleo do tempo.
São meus versos estridentes que carrego entre os dentes
junto a faca de dois gumes e um virgem punhal de diamante...
São meus versos embebidos no cálice dos mágicos antigos
que consagraram com incensos o frontispício do templo.
E o último arcano foi passado de boca em boca
nos corredores sombrios das profundezas de Gizé;
deixando o fardo do discípulo puro de coração
com o sufocante peso de todos os mundos e estrelas.
Agora seus olhos e sua pena lhe foram roubados
e seu coração trancafiado com a chave dos grandes
mistérios...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: El regio basilisco by Verreaux
Olá caro poeta, bom dia!
ResponderExcluirUma novidade te espera no meu blog.
Dê uma olhada, e quem sabe desperte seu interesse lhe motivando a participar, o que será, pra mim, uma honra.
Um abraço e até mais!
Estou indo lá meu Ilustre Amigo!
ExcluirGrande Abraço!!