E se eu partir cuide das minhas flores,
elas são tão belas e sensíveis
e suas cores refletem o divino.
Cuide-as e regue os jardins com meu sangue...
E se eu partir cante com meus pássaros,
eles vigiam minha janela na alvorada
e fazem seresta sempre em festa de alegria.
Cante com eles a marcha fúnebre do meu vazio...
E se eu partir guarde meus livros,
e as palavras ríspidas que proferi, tente perdoar
pois, na vida as vezes temos que ser duros.
Guarde minha poesia mais bela no seu coração...
E se eu partir, por favor, não chore
lembre do meu sorriso tímido e sincero
naqueles momentos que superamos o real.
Não derrame suas lágrimas por mim, somente me recorde...
E se eu partir espalhe minhas cinzas ao vento
regue as flores de inverno e alimente os pássaros;
transmita minhas poesias aos seus filhos e netos.
Pois se eu partir irei feliz e deixarei na escrivaninha meus
costumes...
Somente não pranteie sobre os pergaminhos
onde gravei os sonhos em tinta
nanquim...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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