O vento soprou novos ares,
as velas queimaram altares,
os ritos andaram tranquilos;
a lua brilhou e estridularam os grilos.
O beijo da noite adentrou
a boca que recitou feitiços,
as cores e os laços místicos
dançaram junto aos elementos.
Os símbolos crepitaram macios,
os tímpanos acolheram orações,
pensamento tornou-se vazio
libertando a dor do coração.
Os Mestres atenderam às súplicas,
os Anjos harpejaram melodias,
a consciência livrou-se da dúvida
e o horizonte raiou mais um dia.
O Mago recolheu-se a tenda
interna da sua alegria;
a voz que rugiu foi tremenda
e a morte chegou já tardia;
e nos pantáculos sagrados
eis que surge nova revelação,
e no fio dos punhais
bebo o sangue da iluminação.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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