E lá vem ela
sorrateira novamente
não pode me ver contente
que vem como dor de dente;
eu falo da solidão,
que todo dia
bem perto do arrebol
ela chega e vai o sol
vem estrelas e tristezas
quando chego ao atol.
E lá vem ela;
minha eterna companheira
trazendo a paz verdadeira
mesmo sendo um gesto duro
nessa hora derradeira.
Quando ela chega
é hora de ficar calado
deixar o temor de lado
e o olhar límpido qual lago
sem ventar a madrugada.
Quando ela chega
fico quase atordoado;
me liberto dos grilhões
e o espírito desgarrado
vai vagar imensidões.
Jonas
R. Sanches
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