Quem sabe a pureza em uma linha
ou meus pecados em toda poesia;
quem sabe essa dor é só minha
e nela eu regozijo noite e dia.
Quem sabe é a cruz que eu carrego
que faz-me envergar minha costa;
quem sabe um dia eu peço arrego
e o mundo faça uma contraproposta.
Quem sabe seja um verso derradeiro
de algum poeta anônimo brasileiro
ou de algum célebre trovador
que canta a vida em estrofes de amor
ou, quem sabe seja a ressurreição
de um soneto, de uma recordação.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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