Nos meus pulmões de fuligens secas
há de haver um sopro carbônico
que se enviesa pelas quinas de mim
e das vertigens um trago a mais.
Das vísceras polinizadoras corpóreas
um gérmen catatônico alcalinizado
e no uísque com três pedras de gelo
um mosquito mergulhou de corpo e alma.
No meu estômago um líquido desconfiado
e eis que fluíram ácidos semióticos às veias
que borbulhavam nesse sol ganancioso
que secou as pimenteiras do meu canteiro.
Nervos que se contraem no limiar desse luar
que prateia e clareia minha cova
onde jaz um corpo que já foi meu
mas, agora eu gosto de observar os vermes se alimentando.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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