No degustar de um sabor almiscarado
de um gole viçoso de um vinho de repente
que esquenta a alma em flagelo eloquente
em noite cálida servida em solidão.
Mas há estrelas no terreiro do universo
e há um verso brotando do coração
que em ramas frescas delicia-se calado
das boas novas refletidas na oração;
que faço a sós redobrando meus joelhos
frente ao espelho entorpecente dessa vida
que refletida é como algoz desse desvelo
que como a alma é flor já murcha e ressequida.
No degustar de um gosto doce de um beijo,
beijado a sós em pensamento ou devaneio
que desfalece e fragmenta-se em si mesmo
eis que é fúnebre como um amor que desconheço.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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