O poeta caminha caminhos estranhos
em pensamentos às vezes esdrúxulos
à procura do verso incerto quotidiano
que acalma a alma que deita-se em elã.
O poeta caminha por vias siderais
colhendo estrelas e insuflando luz
no recôndito onde escarrapacha-se
e resguarda os sonhos no espírito.
O poeta caminha por linhas tortas
refastelando-se de observações
que derramam-se no pássaro livre
ou na borboleta difusa do amanhã.
O poeta caminha caminhos estranhos,
sendas oníricas de um pescador lunar
que se alimenta de papel e de caneta;
o poeta caminha sem ter onde chegar.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Kelvin
Nenhum comentário:
Postar um comentário