Babilonias e Jerusaléns entrecruzadas
no tempo onde o final era o começo
e Édens fumegantes e crematórios
em Sodomas e Gomorras cataclísmicas
com blues e um red label e pedras de gelo
derretendo nas pupilas do Senhor Reitor
ou de outro senhor qualquer numa esquina
recitando poesias e barbáries de Heinrich Heine
ou apenas passando a vista nos cadernos
onde Rilke proclamou suas memórias
e desfilou com uma camiseta vermelha do camelô
que comprou quando descobriu a máquina
do tempo e viajou singelos imemoráveis rituais
de agosto quando no dia vinte e dois
trouxe um presente de aniversário para meu pai.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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