Prefaciei o dia que fulgia cintilante,
sumariei as flores e as cores radiantes,
poetizei os pássaros que voavam distantes,
proemiei a noite de estrelas ofuscantes;
verteu então um rio opulento e majestoso
de águas hialinas que jorravam joviais,
palavras alienígenas em cascatas fluviais
modulando a cantiga maviosa em menestréis.
Anteambulei as nuvens ebúrneas no varal,
prologuei as
mariposas revoando no sisal,
versifiquei as árvores decorando o matagal,
edifiquei o vento resvalando em temporal;
transudou então a chuva no sertão do meu quintal,
foi ária encantada com harmonia sem igual,
nasceram arco-íris no firmamento matinal
foi quando percebi meu existir transcendental.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Chana de Moura
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