quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Veredas Infinitas

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Caminhará tua vereda
mas tornarás ao pó,
enfim tua centelha
coexistirá com as estrelas

e brilhará com sóis;
e alma em seu repouso
desfrutará do gozo

aguardando o teu retorno,
tua perene insurreição
seguindo a senda do eterno,
o complemento do teu verso,

o amor diáfano transverso
que acolhe a luz universal;
então tu provará do mal,

então tu provará da dor,
tu colherá tuas searas
mas, haverá a mão que ampara,
haverá o outro coração,

haverá o colo e o regaço,
tu beberá desse regato
de sangue e ressurreição;

trilhará a vereda novamente
e tornarás a ser semente
para brotar essa ilusão,
tu será flor, cascalho e aço

e antes que estreite o laço
provará da desilusão,
então será na poesia

que raiará um novo dia
com versejar de alegria
a explanar a conclusão

do infinito do mistério,
do chão vazio do cemitério
até alcançar a imensidão.


Jonas R. Sanches
Imagem: Vincent van Gogh

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