segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Soneto de um Canto Apocalíptico

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Quando olhei profundo o infinito
vi a janela do eterno escancarada,
olhar dos deuses, fábula e mito,
foi como um grito surdo à madrugada.

Havia um eco de um silêncio constrito
que percorria aquela noite enluarada,
era o martírio mavioso em meu grito
que estridulava como voz aljofrada.

Então ouvi do vácuo um harpejado
e a melodia então soou do apocalíptico,
foi voz de um anjo, o selo foi quebrado;

foi o soneto de um epílogo elíptico
por onde os deuses jazeram suas eras
então o homem esmoreceu em guerras.


Jonas R. Sanches
Imagem: Hieronymus Bosch

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