Caminho pela chuva para molhar,
caminho pela noite para escurecer,
caminho à madrugada para despertar
e caminhar o dia até anoitecer.
Caminho pelas linhas a poetizar
meus passos de eremita sem enaltecer
as flores que transpassam esse luar,
as flores de mercúrio ao alvorecer.
Caminho pelos becos para gritar
as letras purpurinas e não esquecer
das gretas de um planeta a orbitar
dois sóis e um pirilampo a crescer.
Caminho pelas nuvens para sonhar
antes que chegue o tempo
de morrer,
caminho aonde a mente me levar
voando como um brilho a resplandecer.
Caminho da cordilheira até o mar
e volto ao meu sertão, meu querer
está a me esperar para amar
nos dias infinitos contemplar
o azul da poesia e o cantar
da voz que ricocheteia no ar
e ecoa em meu peito a fremir
ensinando-me a fazer você sorrir.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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