Eram múltiplos pássaros
e cada um era sua cor,
era cor de encanto nos seus cantos
invisíveis, maviosos e audíveis.
Eram infinitos pássaros
e em cada asa eram suas liberdades,
vou com os colibris em meus sonhos
vislumbramos além das cordilheiras.
Eram meus pássaros azuis
e cada um fulgia entre nuvens,
pássaros flamejantes de uma canção
que incendiavam os jardins babilônicos.
Gosto de pássaros e de poesias,
ambos são livres como as sensações,
ambos devaneiam pelas cantigas
e fazem da existência uma oração.
Cante pássaro singelo...
Cante a canção veludosa do meu amor
que como um pássaro se aninhou no meu coração
para contemplarmos juntos o infinito.
Jonas
R. Sanches
Imagem: O Poeta e os Pássaros - Chagall
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