Sementes de papoilas em bares de Amsterdã
embriagando poetas mortos e borboletas,
Baudelaire bebendo chá com as donzelas
e um mendigo tocando gaita em um carrossel
explanando alguns versos junto a Rimbaud
que delira entre umbrais e jardins de fogo
cantando sobre o trinta e seis imortais da poesia
que se reuniam em um cemitério antigo no Japão.
Sementes de papoilas derramando ópio
e a mente é de vertente nevoenta
entre os anjos houve Augusto dos Anjos
que devaneava sóbrio as loucuras da vida
e Pessoa era Fernando, era Álvaro de Campos
e outras vezes foi Caieiro com seu vinho português;
foi a voz da poesia em sintonia com a morte
entre escritos vítreos em vitrais de Dantes infernais.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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