A tarde chegou nevoenta,
o céu plúmbeo pairou no ar,
o vento indica vindoura procela,
esquálido é o meu olhar.
Caia chuva, ventem vendavais
e carreguem as cinzas
dos mortos
para um lugar longínquo
onde as flores não nascem mais.
Caia chuva, chuva de letras e estrelas,
chuva de folhas e pétalas outonais,
lave todas as almas penadas
que insistem em assombrar os sonhos.
A tarde é de firmamento pesado
mas, a poesia é insistente e permanece
por entre as criptas antigas esquecidas
que guardam histórias de santos e soldados.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário