A música do tempo foi soando devagar
e a mente divagando devaneios pelo ar,
são sequelas de minutos de ampulhetas
de areias coloridas no deserto do planeta.
A música do tempo foi soando na trombeta
e os relógios matutinos despertaram sóis,
sequelas das manhãs onde morre o arrebol
e na pena com nanquim o poeta em si bemol.
A música do tempo arrastada pelo vento
nas janelas do horizonte onde a lua foi morar.
são sequelas das estrelas pela noite a brilharem
e nos olhos do asceta uma coruja a vigiar.
A música do tempo em versos sem estribilho
e o acorde então ecoa em mil anos de vazio,
poesias e sequelas que deitaram-se no rio
que carrega em suas águas as notas e um assovio.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Krasnaya Yagoda
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