quinta-feira, 29 de março de 2018

Depois do Tempo há à Alquimia e depois da Alquimia Há o que há fora do tempo...




Eu calei-me no momento surdo
eu morri e revivi para escrever
essa passagem desse conto vero
que não morri pra te fazer sorrir...

Eu cantei encantamentos mágicos
só pra fazer chover no teu jardim
eu declarei-me ao grão-susto cósmico
só pra você não ter que partir...

E foram dias em ampulhetas planas
e grãos de areia sem ter onde ir
e foram mortes ditas vidas livres
depois de um tempo que inda não foi...

Eu calei-me e não morri
o tempo teve pena de mim
deixou o Poeta encontrar sua Alquimia
e morrer diariamente uma vida sem fim...

Jonas R. Sanches
Imagem: Gilberto Aranha Andrade

sábado, 24 de março de 2018

Ilha


A imagem pode conter: nuvem, céu, atividades ao ar livre e natureza

Aportado em ilha desconhecida
cercado pelo místico da mente
sobreposto à nua e crua poesia
como luz da noite e treva do dia

e, a metamorfose anímica dá asas
à mente e ao corpo do espírito inerte
inda desconhecedor do leste
reconhecedor d’outras metamorfoses...

Prelúdio, preâmbulos e prefácios
inacessíveis à glândulas e ideias
tão mórbidas quanto vivificante
coisa de antes de nascer a inspiração...

Jonas R. Sanches
Imagem: Google

Navegante


A imagem pode conter: noite


Vocábulos inóspitos simbióticos,
composições velutíneas insanas,
poesias dentro de metapoemas,
esquecimento e lembrança no elã;

antíteses e paradoxos subversivos
nesse rebento de concatenações
d'onde o verso deságua abundante
transbordando esse rio infinito de luar;

navego em águas turbulentas sem remos
meu caminho sem rumo é a aventura
minha vida sem morte guardada na moldura
minha morte sobrevivente descansando em paz...

Jonas R. Sanches
Imagem: Google

sexta-feira, 16 de março de 2018

Sobre as Dores e os Sonhos Perdidos em uma Viela Sideral


A imagem pode conter: céu, noite e atividades ao ar livre

A dor do sonho irreal
a flor colorida em branco e preto
o amor reto transversal
no verso do meu dialeto

então amanheceu e o céu voou
estrelas apagadas e presentes
entre uma revoada de borboletas
nascidas do verso-casulo imperfeito...

Eu já não quero mais partir
eu já não quero mais sonhar
eu já não quero flores inóspitas
só quero um livro velho de magia

d'onde eu possa renascer
e cantar cânticos numa língua esquecida
quem sabe um poema-encantamento
que esconda o sol num céu de março...

Jonas R. Sanches
Imagem: Google