Navios piratas sobrevoaram nuvens
tão plúmbeas que foi viável navegá-las
de lábaro ostentante em alto mastro
e mil gaivotas em asas fulgurantes.
Navios de nuvens piratas de algodão
tão raras e lancinantes como o sol
que oculto reverbera ante a chuva
que molha e remolha o arrebol.
Navios de sonhos lúcidos das poesias
navegantes entre as letras d’um coração
que lavra e deságua na semente
que brota e em terra fértil desse chão.
Navios fantasmas e sonhos voadores
semblante anônimo a desanuviar
à foz da luz trovão relampejante
a ressoar no âmago do mar.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Ruddi Saad
Nenhum comentário:
Postar um comentário