quinta-feira, 12 de março de 2015

Rastros Noturnos e Poéticos

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Riscou o céu como fosse de poesia
mas, era um véu corrompido de estrelas
mas, era um breu da madrugada sertaneja
entre corujas, curiangos e pirilampos.

Cortou o céu como fosse um relâmpago
mas, era o brilho da cadência meteórica
mas, era o lume d’um poeta em retórica
cantando um verso bem além da vastidão.

Subiu ao céu como fosse uma oração
mas, era festa dedicada a São João
mas, era o rastro colorido d’um balão
voando livre em rumo à imensidão.

Caiu do céu como fosse um paraquedas
mas, era a chuva tão ruidosa de verão
mas, eram flores derramadas d’um avião
em homenagem às paragens do coração.

Riscou o céu como fosse um caderno
mas, era um risco escorrido da caneta
mas, era um risco derivado d’um devaneio
que nascedouro foi a vertigem do poeta.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

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