sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Pétalas Secas



Queria minh’alma ensolarada
com pássaros em revoada
mas, meu sol deixou de brilhar
e meus sonhos desvaneceram.

Restou-me apenas algum poema
rabiscado n’alguma gaveta
num papel velho amarelado
com resquícios de um coração.

Queria um sorriso em meu rosto
mas, enquanto o dia estiver nevoento
não haverá... Não haverá o sorriso,
somente um punhado de folhas secas;

somente um punhado de pétalas secas
espalhadas pelo meu caminho
tão árduo e tão cheio de curvas
que vou trilhar a passos vagarosos.

Queria minh’alma ensolarada
mas, são tão plúmbeos os dias
que não sei se terá novamente luz
para renovar meu antigo jardim.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

domingo, 25 de setembro de 2016

Arrebol sem Cores



No horizonte mais um arrebol
mas, sem cores se foi o meu sol
e a noite se achega tristonha
madrugada gelada e medonha
assolando o meu coração
que é inverno em plena primavera
e minhas flores se espalham ao chão
as estrelas brilhantes em guerra
no cometa dessa geração
mas, ainda semeio a esperança
pois minh’alma que grita é criança
fervorosa nesse poema-oração.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Noites Escuras



Às vezes a noite é tão escura
que o poeta não vê o amanhã,
já não há estrelas no céu,
seu firmamento é negro e pesado
e as nuvens pairam plúmbeas
e carregam todas as chuvas
que vem para umedecer
os olhos distantes que observam
um amanhã longínquo e vazio
como as florações de inverno
recolhidas no tronco ressecado
de uma árvore tão comum.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Da Poesia Ausente à Poesia Presente



A poesia quase deslembrada
que há tempos se fez faltante
mas, houve um relapso no tempo
e a inspiração fez seu descanso.

A poesia então relembrada
desde o poente à madrugada
mas, houve o elã proveniente
sobre as estrelas inertes aladas.

Ao poeta não há descanso
pois, as imagens não faz descaso;
são de vislumbres tão deslumbrantes
que a poesia surge no ocaso.

Ao poeta não há tempo, não há morada
pois, seus alheios são semelhantes
àquelas vigílias não mais celebradas;
então a poesia faz-se novamente presente.


Jonas R. Sanches
Imagem: Rein Blank