Ah! A poesia é flor sem jardim
nas terras desconhecidas de mim
quando insurrecto meu elã
sem admoestações do amanhã;
pois, tem cerveja esperando a boca,
a mesma boca que grita louca
seus pensamentos às vezes pueris
mas, às vezes um poema louco
noutras o desvelo treslouco
de uma inspiração tresloucada
pelas vassouras das bruxas
que sobrevoaram os arlequins
daqueles circos de terrores falsos...
Ah... O beija-flor inebrie sobrevoou
as tumbas das rosas desfalecidas
numa manhã de final de outono;
enquanto o poeta e a poetisa
se aqueciam entre os lençóis...
Jonas
R. Sanches
Imagem: Paul Bronsom
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