terça-feira, 5 de abril de 2016

De um Sonho Inexplicável

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Vi dois sóis brilharem
no sonho que sonhei;
era num tempo sem tempo
onde o vento eu resvalei...

Vi um temporal de estrelas
nesse sonho que sonhei;
era um céu de fogaréu
de um mundo que entalhei...

Ouvi uma voz de terremoto
nesse sonho tão remoto;
era o eco da voz de Deus
gritando que era rei...

Ouvi um silêncio ensurdecedor
nesse sonho de torpor;
era o eco do novo abismo
que escalei e auscultei...

Vi o mundo renascendo
nesse sonho interminável;
foi d’um ventre inenarrável
o parto que vislumbrei...

Vi a luz e a escuridão
neste sonho misterioso;
eram opostos em união
gerando toda a imensidão...

Vi e calei atordoado
esse sonho que sonhei
de sonho tornou-se poesia
que neste dia então narrei...


Jonas R. Sanches
Imagem: Salvador Dali

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