Deixei a chaleira no fogo
pra passar café fresquinho
no beiral cantava o joão-bobo
cuidando zeloso o seu ninho
na laranjeira vistosa
sabiá fazia sinfonia
no café tico-tico garboso
dava o tom da melodia
no capim-cidreira sozinho
trinava o belo bigodinho
em dueto beirando a graminha
grassavam duas coleirinhas
nhambú eu ouvia de longe
piando seu canto tristonho
ao contrário do canário-terra
que estridente parecia um sonho
bem longe o galo-campina
poetizava sua sina
e eu aqui da varanda
recomeçava meu dia
com lápis e um caderninho
observava essa aurora
com meu café sem demora
compus essa poesia.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Roberto Harrop
Olá, Amigo Jonas,
ResponderExcluirBelíssimo poema, meu conterrâneo!
Parabéns!
Que tenha uma linda semana!
Fraterno abraço!
Boa semana pra você também conterrâneo!
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