terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Poesia das Mãos Trêmulas

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Meus demônios adormeceram no temporal
enquanto anjos ouviam Led Zeppelin
derramando lágrimas das plúmbeas nuvens
que pairavam inertes sob o céu do quintal;

quintal de flores umedecidas em um jardim,
flores astrais tão anormais de arlequim
dependuradas pelos varais do além do mais
e nada mais era normal além de mim.

Meus demônios riscaram mil poesias
sobre fantasmas inadimplentes com o além
enquanto o tempo foi carregado pelo vento
para paragens inconclusivas, foram de trem...

Minhas mãos trêmulas riscaram essa poesia
sobre esse dia, sobre essa chuva, sobre o jardim
que eu plantei, que eu reguei na minha cabeça
que eu mereça com minhas letras, de mais ninguém.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

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