segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Manhã Transcendental

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Derramaram-se do céu gotas cristalinas
de uma chuva mansa e sutil
que entrelaçava-se aos raios solares
tão tímidos surgindo detrás das nuvens;

o poeta empoleirou-se junto aos pássaros
e cantaram seus versos àquela manhã
enquanto flores desabrochavam e ouviam
emocionadas em seu jardim de encantos.

Derramaram-se letras como aquela chuva
e na emoção do pranto tornou-se temporal
e na comoção do tempo o alento atemporal
daquela cena como um emblema transcendental;

daquela verve de algum poema universal
que sob encanto calou-se o pranto da natureza
e contemplou a alma translúcida que com destreza
se desprendeu de tudo e nesse mundo se dissolveu.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

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