Sons catalogados na mente
das estrelas cadentes
carregadoras de pedidos inválidos
nos refrãos de Syd Barrett
em um vinil antigo empoeirado
entre as lacunas de um poema sórdido
que desmembra cadáveres
na rua escura de um funeral
que sorri às flores (SIDERAIS)
e pranteia lúgubres lágrimas
em rios caudalosos de sangue
e fogos-fátuos procrastinados
em lâminas ebúrneas de um livro
de dois gumes... De cem páginas
amareladas pelo tempo que foi
distante de um passado lívido
mas, ficou ainda na vitrola a faixa
final daquele vinil que não ouvi.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Sara Roizen
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