terça-feira, 1 de setembro de 2015

O Poeta e a Jangada

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Meu pensamento foi se embora co’a jangada
que mansamente no riacho navegava
na madrugada co’a fluidez de um coração
a mirar novas paragens estendidas à imensidão.

Vai junto dela o lusco-fusco do alvorecer
bem logo o sol vai despertar
e a passarada em revoada
vai cantarolar com vividez até o entardecer.

E o poeta observando do margeado
deixa a beleza vivificar nova poesia
que surge do elã dessa grande alegria
e morre pelas linhas eternas da vida.

E o poeta amanheceu ser pescador
então lançando a sua tralha
nessa extensão como navalha
rasgou do verbo uma centelha de inspiração.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

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