Corremos pelas planícies das estrelas,
eu e os lobos e os navajos e os comanches,
cantamos os cânticos alienígenas
de mil anos e dançamos todos os rituais;
foram mostrados a nós as revelações
de um futuro já escasso nos tempos
cataclísmicos de um porvir inóspito
mas, corremos pelas planícies das estrelas.
Uivamos e ecoamos os espelhos profundos
das magias esquecidas que ressuscitamos
nos pactos entre a natureza e as almas límpidas
que reencarnavam em flores multicores;
corremos pelos jardins das cordilheiras,
eu e os lobos e os navajos e os comanches,
colhemos flores alucinógenas pela manhã
e as espargimos junto as gotas do orvalho;
colhemos o orvalho e uivamos a lua,
eu e os lobos e os navajos e os comanches
em um deserto de estrelas antigas e mortas
que reacenderam nos olhares entrecruzados
das águias que sobrepujavam nosso ritual.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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