Vento que revoa e voa pensamentos
bem além do tempo dos tempos
onde o som da ventania era a poesia
que reverberava a música da noite e do dia.
Pássaro que acolhe o trinar amanhecido
de um tordo na pedra do cemitério,
de um corvo sobre o defunto apodrecido
cantando à música eterna da morte e do verso.
Borboleta que metamorfoseia-se no casulo
em um cedro branco centenário no bosque
onde gnomos e duendes fazem encantos
para a lua que se desnuda cheia nos campos.
Poeta que poetisa sobre a luz de toda a vida
e a vida do poeta passa tão depressa e eterniza
todo verso que é complexo e ameniza a ferida
de toda a alma que peregrina pela senda infinita.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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