domingo, 3 de maio de 2015

Soneto de uma Manhã de Domingo

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Cantou o sino na torre da igrejinha
todos beatos caminharam procissão
o sol raiava aviltando a manhãzinha
entre as palavras, cantos de oração.

Cantou a aurora e raiou a passarada
enternecendo a alvorada do sertão
a poesia da mente foi extraviada
pelas palavras na voz do sacristão.

Domingo manso e o sol é ousadia,
o rio que corre afogou tua saudade,
o pintassilgo trinou sua melodia

foi maviosa eu lhe digo em verdade;
foi o poeta encarnado n’algum soneto
escrevendo e bebendo um café preto.


Jonas R. Sanches
Imagem: J. Quental

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