Sentei à varanda do quintal
e alimentei a minha alma à visão,
ali no chão a reunião de passarinhos,
pardais e melros, tico-tico e canarinho.
Dentro do âmago coração titubeante
pelo trinar mavioso de um sabiá
no mamoeiro vislumbrei o alimentar,
satisfação pela conjectura do olhar.
Deitei o espírito no indício de esplendor,
no azul esbelto das penas de um sanhaço
a beliscar jabuticabas em seu regaço,
a estridular uma canção ao coração.
Semblante calmo àquela vermelhidão
do tiê-sangue que veio lá do sertão,
e tão bonito agora a imagem que ilumina
nas penas alvas daquele galo da campina.
Pássaros livres, reunião de passarinhos;
todos contentes com seus filhotes no ninho,
e eu aqui poetando minha felicidade
ao alimentar a passarada, moradora da cidade.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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