quarta-feira, 20 de maio de 2015

Pareidolia

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Luzes nevoentas e pareidolias
de relógios transversais e almas
penadas, vagando entre dimensões
e sonhos; pictoricamente sãos
e as flores são como anedotas
contadas em um jardim antigo
colorindo infantis imaginações;
nuvens nevoentas trazem chuva
nas manhãs cinzeladas de maio
e o vento já sopra friento
demarcando que é próxima a estação
do inverno, do inferno, do trem
das dez e trinta e quatro
que carrega os transeuntes solitários
para bem pra lá dos montes verdes,
lá pra onde o poeta escondeu
seu último livreto de sonetos.


Jonas R. Sanches
Imagem: Eborch

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