Subterfúgios poéticos amenizam
os paradoxos anímicos universais
e já não é o que não foi, e nada mais
que versos que o tempo eternizam.
Anuviamentos a dissiparem o olhar
que mira longe a distância do caminho
e já não é solidão, não mais sozinho
que o poeta se colocou a caminhar.
Verbos loquazes pela pena derramados
em um caderno tão profundo e fecundo
de folhas anacrônicas da árvore do mundo;
e a ode foi o lampejo estro inenarrado.
Verbos pujantes ululados com perspicácia
narrando em versos um universo de argúcia
e à porfia d’uma poesia de sã astúcia
é o conforto a alma inerte em literácia.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Oleg Shuplyak
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