segunda-feira, 4 de maio de 2015

Das Infinidades da Poesia

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A poesia chega como vendaval
e vai ventando letras e estrelas
redemoinhando toda sensação
ziguezagueando pelo coração.

A poesia é fogo a crepitar na alma
e é refrigério a refrescar o espírito,
é dor e alegria, é o real e o mito,
é o verbo encarnado na página do livro.

A poesia é a cor que inda não foi pintada
em tela de aquarela ou em pétala de flor,
a poesia é o ódio ou o intenso amor,
é a voz que estribilha no canto de um tenor.

A poesia é nuvem sempre a mudar de forma
em céu de tom carmim ou mesmo tempestade,
é chuva no deserto, calor no polo norte,
é o tempo que não para, que rouba a idade.

A poesia é salmo vertendo dos poetas,
é a palavra sábia gritada pelos ascetas,
é aquela luz noturna no voo do vaga-lume,
é o negror e a luz que se encontram no túnel.


Jonas R. Sanches
Imagem: R. Crawford

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