Manhã de orvalho fluidificante
na face da folha tenra e álacre
que irrompe em jardim venusto
e então uma flor a se abrolhar;
da noite ficou cinsolado ressaibo
e a postrema estrela desalumiou
no horizonte impérfido sopitou
deixando a alvorada nua incipiente.
Manhã remansa de puro armistício
onde o poeta uiva o seu aprazimento
é momento jocoso e de contentamento
que desabrocha lírico em seu desfastio;
aurora iluminou-se com o sol refulgente
que vicejou no leste para amainar a mente
que em tino e cautela olhava transeuntes
e no momento axiomático poetizou sementes.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário