domingo, 26 de abril de 2015

Tempestade de Verão

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Os trovões rufaram seus tambores
e o ocaso desfez-se no horizonte,
a penumbra invadiu o sol poente,
e a tempestade foi vozes de clangores;

surgiu a noite nevoenta esfumaçada
como um turíbulo a queimar os seus olores,
nos pensamentos firmamento sem estrela
como um umbral retorcido de terrores.

As lamparinas de raios bruxuleantes
eram cortantes como navalha na carne
e o cerne era o rugir de uma procela
que o artista retratou em sua tela;

foi aquarela tão reluzente ao coração
que então a chuva cessou em profusão
da alma amena, anátema natural
d’onde os poetas tiram sua inspiração.


Jonas R. Sanches
Imagem: National Geographic

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