Foi à luz que era dia,
foi o dia a sã lucidez,
meu elã foi para a noite
que compôs-se no açoite;
de um herói por entre estrelas,
de um vilão de maldizeres,
d’algum épico sobre amores,
dum jardim de malmequeres.
Foi o olor que era feitiço,
foi da flor o olor mortiço,
mas o verso entreverso
foi além das entrelinhas;
e o poeta é sempre vivo
na essência da poesia,
que mergulha no absorto
e desperta em novo dia.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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