Olhei e falei... Gritei!
Ouviram o olhar do meu silêncio...
Leram-me na alegoria do susto,
foi lépido meu esmorecer...
Silêncio! Grito em silêncio
a minha dor sonora
que manifesta o gemido
mas, se esconde dentro do sorriso.
Olhei e calei... Meu grito
ecoou em almas, almas observantes;
por um instante fui Cervantes,
por outro fui surdo-mudo.
Silêncio! Manifestou-se em tudo;
a árvore não farfalhou,
o pássaro não cantou,
a flor não morreu tão só;
mas, no âmago, o reflexo
do entendimento, do intento
de compreensão, daquilo que foi,
daquilo que vai, daquilo que sou.
Jonas
R. Sanches
Imagem: mural.pt
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