Na palavra o gosto azul do cálice
que se derrama no âmago do devaneio
e já não é fixo a significância
pois, a realidade transpõe a realidade.
Na palavra a candura que transcende
toda luz e toda treva inatingível
e já não é, é o além do que é tangível
pois, pressupõe o que será e inda não foi.
Na palavra a transgressão do que é talvez
mas, não é mais concreto, é fluidez
a se moldar em pensamento oriundo
pois, já se foi e então voltou do fim do mundo.
Nas palavras cores tem cheiro, o riso é dor;
então o vento rouba o momento d’uma flor
que desabrocha dentro d’alma do trovador
que canta inerte o que converte em seu labor.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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