Sinestésicos sentidos de prantos anestésicos
deambulantes às dores nuas harmoniosas
recolhidas em meus cálices profundos e éticos
que despetalam-se no andar profano das rosas.
Abruptas rupturas nos véus mortíferos
que lânguidos descerram terror noturno
e a alma d’uma promessa foi tom promíscuo
nos passos trágicos do peregrino soturno.
Venenos... Doces venenos das valerianas
que acodem o peito sombrio do embriagado
e o grito límpido sucumbe nas rimas
da lágrima do olhar ebúrneo desesperado.
Incensos... Olores de incensos comuns aos turíbulos,
alvadios e doces como o arrebol das máculas
e a tépida luz do ocaso bruxuleante
foi precursora da vida sagrada, amor sacrossanto.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Johann Heinrich Füssli
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