Poema de março que chega
e os passos seguindo a vereda
perenal que carrega a história
da alma de luz merencória
em um candeeiro bruxuleante
que ilumina a treva obstante
e a reverte no verbo do tirocínio
que se explana no meu raciocínio.
Poema de março que apropinqua
junto ao sol da manhã do infinito
que revela o novo e o contínuo,
que resplende e reboa no mito
do poeta erudito de voz arguta
que cantou sobre a guerra e a luta
de humanos e deuses no Olimpo
à luz ziguezagueante de um pirilampo
que resplandeceu em seu voo campeiro
e foi testemunha do eclipse lunar
que reviravolteou as brumas do mar
e outrossim foi a luz da estrela
que brilhou na noite campineira
e cadente mudou-se em cometa
e foi desaguar em fogo azul-silhueta
no caderno poético d’algum trovador.
No poema preambular de março
um alento na vagueação da mente
que dispara em devaneio incomum
como fosse um todo ou fosse nenhum.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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