Chove enquanto a tarde esvai-se
mas, nesse gotejar escorrem versos
pelos meus dedos, compondo o poema
que carregará nosso amor à eternidade;
e mesmo que a chuva não cesse nunca mais,
nosso amor será de céu ensolarado,
com nuances de arrebol cinza-avermelhado
refletindo sob as nuvens nosso olhar entrecruzado.
Mesmo que a vida esvaia-se com a velhice
tu ainda viverás nos meus escritos,
por centenas, por milhares, por infinitos
anos, inda que seja até viver o literato.
Mesmo que o vento carregue nossas cinzas,
viveremos esse amor na poesia
que imortaliza nossos seres, nossa alegria
que vibrante perscrutamos em nossos dias.
Chove muito nessa hora vespertina
mas, nosso amor é sol e lua, é estrelado
que na alma do poema é sentido conservado
pelos tempos, pelas eras, esse é nosso legado.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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